Entrevista: pesquisadora Lena Vania fala sobre divulgação científica



A pesquisadora e professora Lena Vania Ribeiro Pinheiro é a mais nova entrevistada do blog Dissertação Sobre Divulgação Científica. Um dos grandes nomes da Ciência da Informação (CI) no Brasil, ela é a coordenadora do portal de popularização científica CanalCiência, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do convênio IBICT-Universidade Federal do Rio de aneiro (UFRJ), entre outras atividades.

Doutora em Comunicação e Cultura, mestre em CI e graduada em Biblioteconomia, Lena Vania é uma cientista ligada às artes. Tamanha interdisciplinaridade se expressou na entrevista, durante a qual ela falou tanto sobre divulgação da ciência, quanto a respeito da educação, política e até mesmo de aspectos pessoais.

"O blog merece elogios por ser oportuno e necessário, representando mais uma contribuição para a Divulgação Científica no Brasil (...) Enfim, é um portal bonito  esteticamente  e bastante informativo. Parabéns!"- Lena Vania sobre o blog Dissertação Sobre Divulgação Científica

Confira a entrevista:


Embora a divulgação científica (DC) faça parte da Ciência da Informação, só mais recentemente a senhora passou a se dedicar às práticas e aos estudos da popularização da ciência e tecnologia. Quando e como isso ocorreu?
As minhas atividades práticas sobre divulgação científica são mais recentes, mas os estudos são anteriores. Tudo começou no curso que fiz na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, “Estatuto Social da Ciência”, em 1980, tendo por professor Pierre Thullier (já falecido), editor da revista de divulgação científica francesa La Recherche.

No PPGCI-IBICT/UFRJ, os estudos foram iniciados, embora com terminologia diferente (socialização do conhecimento), pelas professoras Gilda Maria Braga e Heloisa Thardin Cristovão, que passaram a orientar dissertações de mestrado em divulgação científica, sobretudo Heloisa- a primeira em 1987 (ver referência abaixo). A minha primeira orientação nessa linha foi a dissertação de mestrado de Marcos Gonçalves Ramos, sobre divulgação  da informação científica em energia nuclear, aprovada em 1992 (referência também abaixo). A partir daí, outras vieram numa sequência mais sistemática.

Sobre a Divulgação Científica fazer parte dos estudos de Ciência da Informação, esta situação no Brasil, especificamente no PPGCI-IBICT-UFRJ, não pode ser generalizada. Os estudos, tanto da Comunicação Científica quanto da Divulgação Científica, se não fazem parte formalmente dos currículos de outras áreas do conhecimento, são estudados ou temas de pesquisa, teses e dissertações, como na Comunicação, por exemplo. 


No PPGCI, podem ter se originado pela presença, num determinado momento, de muitos mestrandos e doutorandos formados em Comunicação, por sua vez em função do convênio do IBICT com a Escola de Comunicação-ECO, da UFRJ e, ao mesmo tempo, pelo interesse de professores do IBICT nessa temática, como uma consequência natural, extensão ou desdobramento da Comunicação Científica.

HERNANDEZ CAÑADAS, Patrícia Liset. Os periódicos "Ciência Hoje" e "Ciência e Cultura" e a divulgação da ciência no Brasil. 28 jul. 1987. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – CNPq/IBICT-UFRJ/ECO, Rio de Janeiro. Orientadora: Heloisa Tardin Christóvão.

RAMOS, Marcos Gonçalves. Divulgação da informação em Energia Nuclear: ideologia, discurso e linguagem. 14 ago. 1992. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – CNPq/IBICT-UFRJ/ECO, Rio de Janeiro. Orientadora: Lena Vania Ribeiro Pinheiro.

Como e porque surgiu o CanalCiência? Qual a principal proposta do portal e qual é o público-alvo?
Surgiu por iniciativa da bióloga e divulgadora da ciência Gloria Malavoglia, em 2000, que apresentou o projeto ao MCT, hoje MCTI-Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Lançado em 12 de dezembro de 2002 pelo IBICT, inicialmente o CanalCiência divulgaria pesquisas dos Institutos do MCT.


"...até hoje perdura a discussão de quem deveria fazer a divulgação científica, se um cientista  ou um jornalista científico. Sem entrar nesta polêmica, penso que ambos são capazes de fazer divulgação científica ou popularização científica"


O CanalCiência está preparando alguma novidade para este ano? Poderia nos adiantar alguma informação?
A mais recente novidade foi implantada em abril - a adesão do Portal às mídias sociais, por meio do facebook (www.facebook.com/canalcienciaibict) e twitter (@canal_­ciencia), sob a responsabilidade de Otávio Borges Maia, além de ter passado por grande reformulação, implementada em 2011. O layout da página está muito diferente, assim como a arquitetura de informação, reestruturada e gradativamente alterada.

Como uma divulgadora, a senhora se sente mais uma pesquisadora das ciências ou atuante do jornalismo? Aliás, quais os atributos essenciais que um divulgador deve possuir?
Sou uma pesquisadora de Ciência da Informação que coordena um portal de Divulgação Científica, porque tem conhecimento da área, estuda e pesquisa, bem como conhece aspectos da prática. 


Sobre esse assunto, até hoje perdura a discussão de quem deveria fazer a divulgação científica, se um cientista  ou um jornalista. Sem entrar nesta polêmica, penso que ambos são capazes de fazer divulgação científica ou popularização científica - o fundamental é conhecer o assunto abordado e adotar redação ou escritura apropriada à divulgação científica.

Basicamente, quais são as etapas de um processo de divulgação e como é realizada a sua organização? Quais são os critérios para a seleção das pesquisas e dos temas a serem abordados? E quantas pessoas são necessárias para participar do trabalho?
Quando o CanalCiência passou a ser por mim coordenado, não havia uma política de entrada de dados, como toda e qualquer base de dados deve ter, mesmo com aquela definição inicial já mencionada  (pesquisas do MCT), mas  ainda assim ficava a pergunta: quais pesquisas devem ser divulgadas, entre inúmeras de cada Instituto?

A primeira providência foi, então, estabelecer diretrizes mínimas ou critérios para a entrada de dados, entre os quais: temas de áreas prioritárias da política de C&T e da Semana Nacional de Ciência eTecnologia e demanda dos usuários, esta última identificada pelos instrumentos estatísticos que usamos. A partir daí, são escolhidas as pesquisas e iniciado o contato com o pesquisador, com o qual é estabelecido um diálogo ao longo do processo, até a versão final do texto da pesquisa, aprovado pelo autor-pesquisador.

A respeito do número de integrantes da equipe, sempre foi pequeno, as atividades  basicamente concentradas na Márcia Rocha da Silva, que tem mestrado em Educação da Ciência e fez cursos de escritura e redação de divulgação científica. Hoje, a equipe é constituída por cinco profissionais: Márcia Rocha da Silva, Otávio Borges Maia e eu, duas bolsistas, Joelma Fernanda Carneiro Silva e a Dra. Tania Chalhub, que desenvolve uma pesquisa sobre o Portal, além de Sonia Burnier, colaboradora eventual, mas nem assim menos importante.

Devo lembrar que a minha dedicação ao CanalCiência é parcial,  cuja intensidade varia de acordo com as necessidades do Portal. Embora tenhamos o apoio da direção do IBICT, nas pessoas do Diretor, Emir Suaiden e da Coordenadora Geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos, Cecilia Leite, o número insuficiente de funcionários é um problema geral do Instituto, aliás, de todos os do MCTI. A situação é realmente crítica, como decorrência do longo tempo sem realização de concursos no funcionalismo público brasileiro e, ao mesmo tempo, o  número expressivo de aposentadorias.

A área do conhecimento é determinante para o tipo de relacionamento entre o pesquisador e o divulgador, sendo mais fácil ou difícil o diálogo de acordo com a formação e o campo de atuação do cientista?
Não tenho conhecimento desse aspecto, a Márcia (Rocha) responderá melhor. Sei que a maioria dos pesquisadores tem interesse em divulgar  sua pesquisa no CanalCiência. O coração do Portal são as pesquisas científicas, reunidas num banco de dados, e o número de pesquisas ainda é pequeno, pela impossibilidade de realizar mais, porque, como já mencionei, a equipe é reduzida em número, mas movida a muito entusiasmo e dedicação. Outros tipos de informação são divulgados, entre os quais,  alguns  reputo  muito relevantes como multimídia e vídeos, notáveis da C&T, com biografias de cientistas brasileiros, e apoio educacional, contendo materiais de apoio didático.

Quais as facilidades e os problemas de lidar com a comunidade acadêmica?
As dificuldades ou facilidades em lidar com a comunidade acadêmica são as naturais de qualquer grupo social, não seriam especificas, e sim maiores ou menores de acordo com o perfil, o temperamento, a facilidade de comunicação de cada pesquisador e sua sensibilidade em relação à divulgação científica. Posso adiantar que um pesquisador muito dinâmico, com inúmeras atividades e compromissos pode não responder de imediato, não porque não queira, mas sim por acúmulo de agenda, viagem para congresso no exterior, por exemplo. 

Teoricamente, como a senhora se alimenta para trabalhar com a divulgação? Quais são os seus autores preferidos? E também quais iniciativas de DC se destacam no Brasil, segundo o seu ponto de vista?
Eu leio e estudo muito, busco conhecer iniciativas semelhantes no Brasil e no exterior, busco aprender sempre, como faço com as outras atividades minhas, acadêmicas ou não.  A orientação de dissertações e teses é um excelente aprendizado. Entre os autores brasileiros, destaco José Reis, Wilson da Costa Bueno, Ildeu de Castro Moreira e Luisa Massarani. 


A produção científica vem aumentando e o CNPq tem lançado editais para projetos nessa área. Quando o CanalCiência passou para a minha coordenação,  ainda não tinham sido publicados trabalhos sobre o Portal, o que a Márcia e eu passamos a fazer: temos artigos, capítulos de livros, comunicações em congresso, inclusive uma apresentada no exterior, numa parceria muito produtiva. Isto nos leva a estudar muito, cada vez mais, não somente o próprio CanalCiência, como questões de divulgação científica, até para ter uma visão mais crítica e pela necessidade de constante atualização.

Como a senhora observa a utilização da arte na popularização do conhecimento científico? Ela contribui ou prejudica o entendimento?
A Arte será sempre um fator  positivo e produtivo. Não posso pensar diferente, não tivesse sido eu professora de História da Arte e apaixonada pelas Artes em geral. Principalmente hoje,  quando os serviços de divulgação científica estão disponíveis na Internet, a imagem  é fator vital,  em perfeita harmonia com o texto, movimento e som. A função da arte não é a de passar por portas abertas, mas é a de abrir as portas fechadas” (Ernst Fisher, 1973).

Sabemos que diante dos investimentos em ciência e tecnologia, a socialização das pesquisas é pouco valorizada. Por quê? Quem quer e quem não quer promover a DC no Brasil?
No meu entendimento, houve um grande avanço na divulgação científica no Brasil, há uma infinidade de iniciativas de boa qualidade, entre as quais ressalto:  as revistas Ciência Hoje, lançada em 1982, Ciência Hoje das Crianças, de 1986, e Scientific American Brasil, de 2002; além de livros, alguns especialmente para crianças e jovens,  como O Neurônio Apaixonado e Aventuras de um Neurônio Lembrador, de Roberto Lent, professor de Neurociência do Departamento  de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em nosso trabalho de 2009 (meu, de Palmira Moriconi Valério e Márcia Rocha da Silva), apontamos inúmeras ações. Esta situação foi ampliada especialmente pela inclusão da questão nas políticas públicas, a começar pela criação do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência, na Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social - SECIS, no MCTI, responsável pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, iniciativa de âmbito nacional da maior relevância.

Creio que hoje há uma preocupação dos cientistas na aproximação com a sociedade. Estão sensíveis à divulgação científica, tanto que atualmente quase todos os Institutos de Pesquisa do MCTI apresentam eventos, serviços, publicações, cursos de popularização, o que não ocorria há alguns anos. Entre os Institutos, um dos que há mais tempo trabalha com divulgação científica é o MAST-Museu de Astronomia e CiênciasAfins, que desenvolve ações regulares. É oportuno lembrar, ainda, a SBPC-Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que passou a oferecer a SBPC Regional, atendendo à preocupação governamental de interiorização dos conhecimentos em C&T.


"Principalmente hoje,  quando os serviços de divulgação científica estão disponíveis na Internet, a imagem  é fator vital,  em perfeita harmonia com o texto, movimento e som"

Particularmente, tenho uma impressão de que os atores e instituições que se dedicam à socialização do conhecimento científico agem com certa distância entre si, ou seja, falta integração. A senhora também compartilha desta opinião?
Não podemos esquecer que nosso país é continental em tamanho, o que já dificulta essa integração, barreira reforçada pela tradição de trabalho insular na administração brasileira (um departamento não sabe o que faz o do lado, por exemplo), problema que pode ter diminuído, mas ainda persiste, mesmo com as facilidades das redes eletrônicas. É preciso ter uma cultura de rede, o que nós, brasileiros, ainda não temos, em termos de administração pública.  Além disso, como campo de estudos, a divulgação científica é muito nova, a sua comunidade ainda é pequena, bem como a produção científica.

Partindo para o lado mais pessoal... quando a senhora era graduanda em Biblioteconomia na década de 1960 na Universidade Federal do Pará, como sonhava construir a sua carreira? Quais eram as suas pretensões?  
Sempre tive, pelo meu próprio ambiente familiar, uma formação e mesmo cultura  interdisciplinar, tanto que, sendo  bibliotecária por formação, iniciei minha carreira acadêmica como professora de História da Arte, aprovada por concurso em primeiro lugar. Quando escolhi a Biblioteconomia, fui movida pelo meu amor aos livros, não tinha a menor ideia do que iria estudar. Imaginava viver entre livros, na profissão, seria um prolongamento da minha  própria vida, já que era leitora voraz. Além disso, a Biblioteconomia no Pará era um curso novo (fui da segunda turma), com amplas perspectivas profissionais.

Algo importante a ressaltar, o curso de Biblioteconomia do Pará foi fundado por um médico renomado, professor da UFPA que fez o Curso de Documentação Científica do IBBD (hoje IBICT). Este curso tinha a inspiração do documentalismo, era voltado não somente a bibliotecários, mas também  a profissionais  de outras áreas que quisessem se especializar em informação. Assim, a concepção do curso no Pará teve a marca de seu criador, Clodoaldo Beckmann, já falecido, um intelectual bem formado em documentação (ele era um documentalista, de verdade, como Otlet).

Além de escolher para professores os grandes nomes da cultura do Pará, como o Benedito Nunes, filósofo (recém-falecido) renomado no Brasil e exterior, na parte técnica trouxe professores do IBBD, que iam do Rio para ministrar as aulas. Só para você ter uma ideia, tivemos aulas de direito autoral, com um grande professor de Direito, Dr. Aderbal Meira Mattos, quando as questões de direito autoral e de propriedade intelectual não faziam parte de currículos de Biblioteconomia. Penso que ainda hoje não fazem, embora seja atualmente  uma questão crucial, muito estudada na Ciência da informação, em decorrência da Internet, acesso livre/aberto, arquivos abertos e os produtos que caracterizam essa nova abordagem: repositórios institucionais e temáticos, bibliotecas digitais etc.

E hoje em dia, o que ainda pensa conquistar?
Estou sempre estudando e me dedicando a questões novas, como audiodescrição para cegos ou história em quadrinhos na divulgação cientifica, dissertações por mim recentemente orientadas. Também gostaria de aprofundar os meus estudos de Informação em Arte e mergulhar mais fundo em imagem. Além disso, retomar minhas pretensões de enveredar pela literatura, o que ficou esquecido por muita dedicação ao ensino e pesquisa da Ciência da   informação. Afinal, tenho um número razoável de prosa poética, que não ouso chamar de poesia, e até uma peça de teatro infantil, quem sabe...?

A senhora já orientou diversas monografias, dissertações e teses. Com tamanha experiência, como a senhora avalia ser o papel do bom orientador e também o perfil adequado de um bom orientando?
O principal é o orientador conhecer a temática da pesquisa, estar em harmonia com a sua linha de pesquisa, não porque seja orientação da CAPES, mas porque é essencial. Também é importante ele ser escolhido pelo orientando, não o inverso. Como orientar se não conhecer o tema da pesquisa? E o lado pessoal é crucial -não pode existir orientação com bons resultados, se a relação entre orientador e orientando não for permeada de afeto. Algumas vezes, sobretudo por pressão de prazos, ou mesmo dificuldades da complexidade da pesquisa, surge naturalmente um clima de tensão, superado pela afetividade e compreensão.

A senhora ministra, no IBICT/UFRJ, uma disciplina chamada Perspectivas da Ciência da Informação, na qual está inserida a divulgação científica. Quais são hoje as perspectivas de desenvolvimento da DC?
O espaço que a divulgação científica vem ganhando é na disciplina Comunicação Científica, que ministro desde 1992 e hoje  tornou-se  um  módulo dessa disciplina. As perspectivas são amplas, porque são impulsionadas não somente pela aproximação entre ciência e sociedade,  um movimento  mundial, de mudança de paradigma da ciência, mas particularmente no Brasil pelas políticas públicas específicas nessa área e pela preocupação com a inclusão social, abrangendo também a inclusão tecnológica e informacional. A divulgação científica pode ser um valioso instrumento na efetivação dessas políticas.

Há algum tópico sobre o qual a senhora gostaria de comentar, mas deixamos de abordar na entrevista?
Talvez as diferenças terminológicas e conceituais, para explicar que no Brasil, o termo divulgação científica é o mais utilizado, mas também popularização da ciência, amplamente adotado nos outros países da América do Sul, além de vulgarização da ciência,  na França. Há, ainda, o educação em ciência (science education) que outras áreas adotam, como a Educação  e a Museologia. Enfim, é uma disciplina nova, ainda em construção epistêmica, e que, além dos conceitos, lida também com questões de tradução de diferentes idiomas para o português. Devemos lembrar, da mesma forma, de conceitos próximos, como o jornalismo científico e extensão rural, entre outros.

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